
Segundo o ministro foi iniciado negociações de livre comércio com a China para a eliminação de tarifas no comércio entre os dois países. Ele ainda afirmou que o Brasil precisa fazer integração entre cadeias globais de produção.
Através desta integração, o Brasil irá ampliar e diversificar o comércio com a China; segundo Paulo Guedes. Estas afirmações ocorreram durante seminário sobre o New Development Bank (NDB); ou seja, banco do Brics, onde Paulo Guedes está procurando desenvolver regras para um tratado de livre – comércio onde maior parte ou todos os bens e serviços importados e exportados entre os dois países seriam isento de tarifas. “Já fizemos acordo com a União Europeia e agora estamos conversando sobre ‘free trade’ (livre-comércio)”, afirmou o ministro.
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Não Depende Somente do Brasil e da China
No entanto este tratado não depende somente do Brasil e da China, pois o Brasil é membro do Mercosul, por isso; as regras do bloco exigem que todos os sócios concordem com as negociações comerciais entre terceiros países. É necessário o apoio de Paraguai, Uruguai e Argentina. Paulo Guedes está com pressa: “Queremos nos integrar às cadeias globais de produção. Já perdemos tempo demais”, disse ele.
A China é um que desperta concorrência, por isso o ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral, consultor da Barral M Jorge Consultores Associados; entende que existe uma fila de países com o mesmo objetivo. “Não é tão simples assim, ainda mais com países tão grandes quanto a China. A abertura comercial com outros países, como o Canadá, por exemplo, deve vir bem antes que essa”, comentou o ex-secretário de comércio.
As exportações brasileiras para este gigante asiático alcançaram US$ 51,53 bilhões, de janeiro a outubro deste ano; segundo os dados oficiais. Como as importações da China no mesmo período, atingiram US$ 30,07 bilhões; o saldo comercial em 2019, possui um superávit para o Brasil de US$ 21,45 bilhões.
Melhorar a Eficiência
Mesmo que a China seja o maior parceiro comercial do Brasil, as empresas brasileiras ainda possuem dificuldades para exportar coisas além de commodities, como petróleo, minério e soja; segundo Barral. Ele também afirmou que: “Outra coisa é que a questão de falta logística do Brasil é uma grande barreira para o comércio exterior, tem um custo imenso na indústria brasileira. Então, primeiro tem que tornar mais eficiente, implementando infraestruturas, à medida em que a economia se estabilize”.
Paulo Guedes disse que também existem negociações com outros países do Brics como a Índia, no qual o volume comercial com o Brasil é de aproximadamente US$ 4 bilhões por ano. “Estamos bem atrasados nas possibilidades com a Índia. O maior ‘upside’ (expansão) de comércio é com a própria Índia, pois o comércio é limitado. Há um enorme espaço. Não temos nada ainda realizado em termos de comércio”, complementou o ministro.
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